sábado, 30 de abril de 2011

Dois grandes cinemas de BH viram complexos de arte

http://www.youtube.com/watch?v=FzQC2pj1KiM&feature=related

Assistam uma reportagem sobre a restauração de dois grandes espaços de cinema de Belo Horizonte o Cine Brasil e o Cine Palladium e a resposta a um questionado interessante da reporter Joanita Contijo da TV Assembléia -
" O que será feito para atrair publico numa cidade onde a média por espetáculo não passa de 30 pessoas?"

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Hotéis luxuosamente divinos

http://turismo.ig.com.br/destinos_internacionais/2011/04/26/hoteis+luxuosamente+divinos+10404265.html

Igrejas e monastérios medievais se transformaram em luxuosos hotéis. A construção gótica e os delicados vitrais foram mantidos, mas ganharam as boas facilidades da vida moderna


Mônica Cardoso, especial para o iG São Paulo


Não se engane: a igreja com fachada neogótica abriga hoje um requintado hotel na Bélgica

Igrejas e mosteiros sempre abriram suas portas para peregrinos cansados em busca de uma boa noite de sono. Mas algumas dessas construções medievais se transformaram em hotéis luxuosos.

Os tetos circulares e os delicados vitrais foram mantidos – só que ganharam algumas facilidades da vida moderna como camas king size e jacuzzis, além de requintados restaurantes. Porém, conservam a mesma atmosfera de tranquilidade, ideais para acalmar o espírito


A fachada imponente em estilo neogótico da catedral do século 19, com seus delicados mosaicos religiosos, pode enganar à primeira vista quem passa em frente ao prédio. Mas nada resta ali da simplicidade dos freis franciscanos, que colocaram o edifício à venda no fim da década de 1990.
A luz que entra pelos vitrais forma um caleidoscópio de cores e dá um toque extra de charme aos quartos do hotel boutique, a meia hora de distância de Bruxelas. Os espaços são decorados com móveis sóbrios e elegantes, com mimos como jacuzzis, máquinas de café expresso e internet Wi-Fi.
Endereço: Karmelietenstraat 4, 2800 Mechelen
Telefone: +32 (0)1546-4646
Diária: a partir de € 139



As camas confortáveis, forradas de travesseiros fofinhos em nada lembram as modestas esteiras de palha usadas pelos monges cistercienses, que viviam neste mosteiro construído em 1131. Mas o clima de tranquilidade ainda persiste na imensa propriedade com ar bucólico, rodeada por belos jardins e lagos, a meia hora de Dijon, na região da Borgonha.

Nos quartos, móveis antigos e modernos convivem harmoniosamente, com um toque caprichado da típica estampa francesa toile de jouy. O estrelado restaurante do hotel faz parte do Guia Michelin, a bíblia da alta gastronomia, e harmoniza os bons ingredientes com vinhos da região.
Endereço: 21360 La Bussière-sur-Ouche, Côte d’Or
Telefone: +33 (0) 3 8049-0229
Diária: a partir de €205






Os jesuítas meditavam nos jardins bem cuidados e nos labirintos de pátios internos no mosteiro do século 16

Os jesuítas costumavam meditar enquanto caminhavam pelos belos jardins e calçadas de pedra dos inúmeros pátios internos do enorme mosteiro. Ou na suntuosa capela em estilo barroco repleta de ornamentos folheados a ouro. Construído no século 16 no mesmo local do antigo palácio inca Amaru Qhala, o complexo foi declarado monumento histórico do Peru.
O hotel cinco estrelas, da elegante rede Orient Express, conserva os móveis em estilo colonial e obras de arte religiosas. As janelas têm vista para os telhados coloridos das casinhas de Cuzco e para os pátios internos. Localizado a mais de três mil metros de altura, gás oxigênio é lançado nos quartos para diminuir os efeitos do ar rarefeito e garantir o bem-estar dos hóspedes, principalmente na hora de dormir.

Endereço: Calle Palacios 136, Plazoleta Nazarenas, Cuzco
Telefone: (+51) 8460-4000
Diária: a partir de €360

Kruisherenhotel – Holanda

Os tetos abobadados com delicados vitrais ganharam a companhia de modernosos lustres suspensos

O prédio do século 15 em estilo gótico mantém as enormes salas, com pé direito altíssimo e tetos abobadados com pinturas no teto. Mas ganharam um toque ultramoderno com peças de designers famosos. A majestosa catedral abriga hoje o restaurante, a biblioteca, o lounge e a adega.
A tranquilidade do mosteiro, localizado em Maastricht, a cerca de duas horas de Amsterdã, ainda paira no ar. Por séculos, ali foi o refúgio dos frades da Ordem da Santa Cruz, experts em copiar reproduzir sagrados.
Endereço: Kruisherengang 19-23, 6211 NW, Maastricht
Telefone: +31 (0) 43-329-2020
Diária: a partir de €199

* Preços pesquisados em abril/2011, sujeitos a alterações

terça-feira, 26 de abril de 2011

Restauro na torre inclinada de Pisa termina após 20 anos

http://www1.folha.uol.com.br/turismo/907438-restauro-na-torre-inclinada-de-pisa-termina-apos-20-anos.shtml

Após 20 anos de restauração e estabilização da torre inclinada de Pisa, o monumento italiano enfim está livre de andaimes.


A torre, uma das principais atrações da Itália, já pôde se mostrar completa para os visitantes da Páscoa. A gigante de mármore "está segura para os anos por vir", disseram oficiais.
Fabio Muzzi/France Presse



No entanto, mesmo durante a última rodada de obras, visitantes ainda eram capazes de subir até o topo do monumento, de 56 metros.
Isso foi tanto para manter turistas felizes, como para custear a manutenção das obras, cujo valor chegou a mais de US$ 9 milhões. Cerca de 1 milhão de visitantes por ano passam pela torre


Franco Silvi/Efe
Após uma visita do chefe de obras públicas da Itália, Francesco Karrer, especialistas disseram que a torre estava "mais segura do que nunca", e que não mostrava sinais de inclinar mais.
Karrer mostrou também sensores instalados que monitoram sua condição.
A última fase da restauração, de oito anos, buscou remover sal marinho, excrementos de pombos e pichação ou marcas de mãos dos turistas.
A torre fica a cerca de 12 quilômetros das praias do Mediterrâneo; com isso, o monumento é frequentemente golpeado por tempestades vindas da costa.


Fabio Muzzi/France Presse
HISTÓRICO
A torre foi salva de tombar com esforços de engenharia de uma década nos anos de 1990, reabrindo para o público em dezembro de 2001.
O início da construção da torre foi em 1174, segundo a tradição. Sua construção teria sido por desejo de uma aristocrata local, que teria deixado 60 moedas para a cidade.
Quando três andares da torre tinham sido construídos, ela já começou a inclinar para um dos lados. A construção terminou apenas em 1350, quando sua inclinação era cerca de metade do que é hoje --apesar de engenheiros e arquitetos tentarem evitar a inclinação.
O monumento foi declarado Patrimônio Mundial pela Unesco (órgão cultural das Nações Unidas) em 1987.
Em um check-up de 2005, especialistas afirmaram que estaria segura para os próximos 300 anos.




Fabio Muzzi/France Presse

Fundação Municipal de Cultura aposta no hipercentro

http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_11/2010/11/21/ficha_teatro/id_sessao=11&id_noticia=31318/ficha_teatro.shtml

Estimulo vem da inauguração de dois grandes centros culturais na região: V&M Brasil e Sesc Palladium
A inauguração, até o ano que vem, de dois espaços culturais no hipercentro de Belo Horizonte (V & M Brasil Centro de Cultura e Sesc Paladium Domus Artium) vai praticamente dobrar a capacidade atual da região para apresentações, segundo cálculos da Fundação Municipal de Cultura (FMC).


Pensando nisso, Thaïs Pimentel, presidente da instituição, articula política do setor para a região, promovendo encontros entre presidentes e diretores dos equipamentos já existentes, além de representantes dos que estão por chegar. “Isso nos mobiliza na medida em que percebemos a importância do que vem por aí e, obviamente, a necessidade de promovermos uma articulação. Não se trata de cada um pensar no seu umbigo. Temos de pensar coletivamente”, defende a presidente da FMC, que, depois de encontro recente com a turma, agendou um novo para o mês que vem.
Paralelamente, a presidente da FMC também avalia o quadro do Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal Américo René Gianetti, fechado desde abril do ano passado para reformas que nem sequer começaram. “É uma questão que nos preocupa muito, porque a solução e está muito mais lenta do que imaginávamos”, admite, salientando, por outro lado, que a expectativa é muito positiva. Não só pela entrada em cena de uma empresa da iniciativa privada, interessada em patrocinar a restauração do mais antigo teatro da capital, como também pela eleição de Dilma Rousseff, uma das mentoras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, no qual o popularmente conhecido Chico Nunes tem projeto de requalificação inserido, aguardando apenas aprovação e liberação de verba por meio do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).

Sesc Palladium ocupará o espaço do Cine Palladium, na Rua Rui de Janeiro, com entrada também pela Av. Augusto de Lima
Necessidades urgentes De acordo com Thaïs Pimentel, desde o ano passado os gestores dos espaços culturais com sede no Hipercentro vêm se mobilizando para a adoção de política própria na região. “Fizemos, ainda naquela época, algumas reuniões que acabaram confluindo, mais especificamente, para um grande projeto do PAC Cidades Históricas”, recorda a presidente da fundação. Segundo ela, quando iniciar as obras em Belo Horizonte, o PAC Cidades Históricas fará enorme diferença, contribuindo para o incremento dos equipamentos de cultura existentes na região do Hipercentro. Desde o ano passado, vêm sendo discutidas as necessidades mais urgentes de cada uma das instituições, entre as quais está a própria fundação, que funciona no Edifício Chagas Dória, da Rua Sapucaí, na Floresta, bem cultural tombado da cidade que, embora não seja propriedade da prefeitura, preocupa a FMC.
Funarte MG e Iphan MG (que funcionam na Casa do Conde de Santa Marinha, recém-restaurada), Centro Cultural e Escola de Engenharia da UFMG, Espaço 104 (um dos mais novos em atividade na região), Museu de Artes e Ofícios, Sesc Laces JK, Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes (incluindo a Serraria Souza Pinto), teatros Francisco Nunes e Marília e Circuito Cultural Praça da Liberdade (pela Rua da Bahia) são algumas das entidades presentes na área. “O que estamos percebendo, há algum tempo, é que não só precisamos conversar – essas instituições que já têm uma definição clara da sua atuação e dos seus problemas, das suas dificuldades e potencialidades – como também avaliar, preocupados que estamos, com a chegada próxima de dois outros grandes centros culturais na região: V & M Brasil Centro de Cultura e Sesc Paladium Domus Artium”, diz Thaïs.

Conteúdo
“A grande questão que está colocada para nós é que – diferentemente até do movimento de outros grandes centros urbanos – Belo Horizonte vem vendo valorizado o Hipercentro, depois do esvaziamento sofrido pela região nos anos 1980 para os 90. Hoje, a gente percebe que existem ações para valorizar o Centro, não só do ponto de vista da moradia, como também da presença dessas instituições que fazem e farão, ainda, maior diferença no sentido de atrair o morador da cidade para o local, à medida que eles ofereçam programação de conteúdo”, acrescenta a presidente da FMC.
De acordo com ela, há necessidade de pensar a governança de todo o circuito central de cultura, visando a um esforço conjunto no sentido de avaliação das dificuldades que enfrentam, tais como divulgação, transporte, estacionamento, segurança e pontos de venda de ingressos, entre outras. Thaïs Pimentel destaca, ainda, a importância da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), que já está com projeto aprovado para a restauração do Mercado das Flores (Avenida Afonso Pena esquina de Rua da Bahia). “Além de revigorado, ele precisa de ser potencializado para uso cultural. Trata-se de ponto estratégico para acesso do público aos ingressos”, afirma Thaïs.
Fechado desde abril do ano passado, o Teatro Francisco Nunes ainda aguarda o início das reformas no telhado

De portas fechadas

Fechado devido à existência de laudo constatando a situação precária do telhado, que colocava em risco a presença de público no local, o Teatro Francisco Nunes, na opinião da presidente da Fundação Municipal de Cultura, merece muito mais que um telhado recuperado. “A grande questão é entender que a cidade tem naquele espaço o seu teatro municipal, já que simbolicamente o Francisco Nunes nunca perdeu esse status”, afirma Thaïs Pimentel. Para ela, o grande teatro da capital é o Palácio das Artes.

“Historicamente, o Francisco Nunes foi palco de manifestações culturais variadas, das mais importantes”, defende o espaço, salientando que o problema maior da Prefeitura de Belo Horizonte, órgão ao qual a FMC é subordinada, é a carência de verbas para a recuperação do espaço. “Estamos em negociação – e o prefeito está investido da importância disto e tem nos ajudado muito – com uma grande empresa, desde o ano passado, que manifestou interesse em apoiar o Francisco Nunes. A expectativa é muito positiva”, revela Thaïs, que prega a requalificação do teatro.
Recursos para a recuperação do telhado, de acordo com a presidente, estão garantidos, mas a questão agora é avaliar se ela deverá significar a reabertura do Francisco Nunes em prazo mais curto possível ou se vai se buscar os recursos para a reforma maior do teatro. “É na verdade um assunto delicado, porque nossa vontade é intervir direto – ainda que manter o teatro fechado por mais tempo seja um prejuízo – para que possamos reabrir o Francisco Nunes com dignidade. O esforço todo é nesse sentido”, conclui ela, animada.

Cine brasil



restauração hoje

Não são apenas engenheiros e operários da construção civil que ocupam o prédio em estilo art déco onde funcionou o tradicional Cine Brasil, inaugurado em 1932, ponto de encontro de algumas gerações de belo-horizontinos. Seis restauradores também estão em andaimes, montados no salão principal do edifício, para devolver ao público um presente que ficou escondido debaixo de quatro camadas de tintas por cerca de 50 anos. Durante a obra que vai transformar o local no V&M Brasil Centro de Cultura, os engenheiros descobriram uma pintura parietal atribuída por especialistas ao italiano Angelo Biggi (1887/1953).
São figuras geométricas, em diversas cores, que dão charme às paredes laterais e ao fundo do salão. Restauradores já estão no local. Com paciência e profunda técnica, removem as camadas recentes. Mas essa não é a única característica original devolvida ao antigo prédio. Quem passa pela Praça Sete já pode ver os vitrais azuis, verdes e vermelhos que, por muito tempo, ficaram escondido por alvenaria e peças publicitárias.
Os engenheiros da obra tiveram dificuldades para encontrar vitrais semelhantes aos originais. Isso só foi possível porque, depois de acharem o fragmento de um deles, que estava jogado numa espécie de sótão do prédio, encomendaram a um fabricante dos Estados Unidos as peças. Os vitrais ficam mais bonitos à noite, pois a iluminação interna do edifício produz uma bela luz nos novos vidros.
em 2003

A reforma do antigo Cine Brasil será concluída em 2010. O prédio voltará a ter uma sala de cinema, mas vários outros atrativos, como cafeteria e livraria, galeria, museu, anfiteatro, entre outros.


decada de 30, epoca da sua construção


quinta-feira, 21 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Restauração do conjunto arquitetônico da Praça da Estação possibilitou a implantação do museu

 http://www.furnas.com.br/arqtrab/ddppg/revistaonline/linhadireta/rf318-museu.pdf


Em seu segundo ano de funcionamento, a galeria de arte do Espaço FURNAS Cultural, no Escritório Central, se transformou num local cobiçado por artistas de vários estados do país para exposições de gravuras, pinturas, esculturas e fotografias, como se pode verificar pelas inscrições para a programação de 2005. Enquanto em 2004 foram 32 trabalhos inscritos vindos de São Paulo, Sergipe e Rio de Janeiro, este
ano o número de interessados aumentou para 117 com propostas do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná e Pará.
As propostas serão analisadas pelo Conselho de Curadores que escolherá oito trabalhos para o calendário de exposições deste ano, sugerindo as mostras temáticas. Em 2004, foram selecionadas cinco
propostas e sugeridas três exposições temáticas. Inaugurado em novembro de 2003, com uma exposição em homenagem a Cândido Portinari, o Espaço FURNAS Cultural foi ampliado em 2004 com a reforma do segundo andar, onde os visitantes dispõem do conforto de poltronas para sentar e observar os quadros, gravuras e esculturas expostos. Com a ampliação, passaram a acontecer exposições  simultâneas no Espaço.
A programação de 2004 foi aberta em maio com a exposição de fotografias Olhares do Morro - um manifesto visual. Em julho foi a vez de MetalMix, de Marcius Tristão, com esculturas em metal, cerâmica e madeira. A exposição de agosto foi a do pintor Luiz Ferraz - Vazio e pleno, viagem pela memória. Em setembro a primeira da série de exposições simultâneas, com as esculturas de Alexandre Monteiro - Livros - no primeiro andar, e as pinturas de João Barcelos em Impressionismo Quântico (Temas do Rio), no
segundo andar. De meados de outubro a meados de novembro, Sandra Schechtman ocupou o primeiro andar com suas fotografias em 35 graus...25 graus, e Anderson Eleotério apresentou seu Projeto Luz e Trevas, no segundo andar. As últimas exposições foram Tramas, gravuras em preto e branco de Patrícia Mado, no primeiro andar, e as pinturas de Noélia Amado– Sobre Tramas e Teias –, no segundo andar. 


O Museu de Artes e Ofícios (MAO), em Belo Horizonte (MG), cuja inauguração está prevista para este semestre, recuperou, para os belo-horizontinos, a Praça da Estação, antigo coração da capital mineira. O MAO é composto por dois prédios e uma galeria subterrânea, que  f o r m a m   o   C o n j u n t o
 P a i s a g í s t i c o   e Arquitetônico da Praça da Estação, tombado pelo Patrimônio Histórico municipal e estadual. Os prédios e a galeria passaram por obras de restauração com patrocínio de FURNAS para que o museu pudesse ser implantado.
Criado pelo Instituto Cultural Flávio Gutierrez para contar a história do trabalho no Brasil ,  o MAO abriga uma coleção de  cerca de 1.800 peças  em madeira, ferro, couro e cerâmica. São i n s t r u m e n t o s ,
e q u i p a m e n t o s  e vestimentas utilizados por trabalhadores e artesãos brasileiros dos séculos 18 ao 20, reunidos ao longo de 50 anos por Flávio Gutierrez numa coleção que foi doada para formar o acervo do museu. O prédio, de estilo eclético, de frente para a praça Rui Barbosa, era a Estação  Central de Belo Horizonte, porta de entrada de todo o material utilizado na construção da cidade que chegava de trem.  No outro prédio,  com entrada pela rua Sapucaí, ficava a sede da Rede Mineira de Viação. Atualmente, existem
duas estações no local, uma de trem e outra de metrô. Os prédios são interligados por dois túneis, formando as galeria s ,   e   o   p r o j e t o   d o  MAO,   q u e   é   d o museógrafo francês Pierre Catel, propõe a integração museu/estação. Catel planejou também um jardim-museu, um café-restaurante, uma área de eventos, laboratório de restauração, reserva técnica, loja, auditório, oficinas profissionais e salas de treinamento.  Dos dois túneis que interligam os prédios, um deles foi cedido ao MAO, enquanto o outro continua sendo usado pelos passageiros da linha de metrô. Duas das plataformas do trem, situadas na área aberta entre os dois prédios, também foram cedidas ao museu para exposição de grandes peças, o que permitirá aos passageiros do trem e do metrô verem uma parte do museu enquanto se dirigem à estação.

sábado, 16 de abril de 2011

Restaurada, capela de 1622 ganha circuito de visitação

ALESSANDRA BALLES
DE SÃO PAULO
Felix Lima/Folhapress

A capela de São Miguel Arcanjo, na zona leste, ganhou um circuito de visitação. Pronta depois de sete anos de restauração, ao custo de cerca de R$ 6 milhões, vai ser reaberta ao público no próximo dia 26.


A capela, cujo término da construção foi em 1622, é considerada a mais antiga da cidade de São Paulo. Foram utilizados taipa de pilão, pau a pique e adobe (tijolo grande de argila, cozido ao sol e às vezes misturado à palha ou a capim para ficar mais resistente).
"Cada cômodo contará uma história", disse Vinicius Silva da Mercês, assistente de projetos da Associação Cultural Beato José de Anchieta.
A visita ao local, que já serviu de área de descanso para os bandeirantes, passa das técnicas de construção do período colonial até um monitor de TV com depoimentos de moradores do bairro de São Miguel Paulista.
"Vai dar para entender a história e a influência dos que passaram por aqui, desde José de Anchieta até os nordestinos", disse Vinicius.

Felix Lima/Folhapres


Felix Lima/Folhapres

IMAGENS SACRAS
O único local que não poderá ser visitado é a sacristia, que conserva o mesmo chão do século 17. No restante da construção, o piso foi protegido por uma manta e sobreposto por outro material.
Durante a visita, também poderão ser conhecidas imagens sacras dos séculos 17 a 19. Algumas delas foram recuperadas após terem sido destruídas, em junho de 1952, por um morador.
Uma delas é uma Nossa Senhora com Menino Jesus, imagem de terracota de 60 centímetros que foi um dos alvos do vândalo e, na época do restauro, foi descoberta como uma joia: é do frei beneditino Agostinho de Jesus.
De acordo com historiadores, ele é o escultor da imagem encontrada por pescadores e que deu origem à adoração de Nossa Senhora Aparecida.
CAPELA DE SÃO MIGUEL ARCANJO
ONDE
Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, 11, São Miguel Paulista, telefone 0/xx/11/ 2032-3921
QUANDO
Quinta e sexta, das 10h às 16h (é preciso agendar por telefone); aos sábados, das 11h às 16h (não é preciso agendar)
QUANTO
R$ 4 (estudantes pagam meia; crianças menores de cinco anos, idosos acima de 60 anos, deficientes e professores e estudantes da rede pública são isentos)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Iniciativa privada ajuda a preserva o patrimônio em Santa Bárbara

Parcerias na Preservação em Santa Barbara.

Além dos braços das instituições federais de preservação do patrimônio histórico, a iniciativa privada dá mostras de valor no trabalho pela memória cultural do país. A Fazenda Barão de Capanema, que se abriga num vale em formato de ferradura na serra de mesmo nome, em Santa Bárbara, na Região Central de Minas Gerais, assumiu a restauração da capela de Santo Antônio, datada de 1792, e mantém vivas as ruínas da casa do lendário barão. Tão importante quanto a iniciativa de investir dinheiro na reconstituição, as duas relíquias estão abertas à visitação pública, apesar de estar em propriedade particular.


Adquirida há 25 anos pelo industrial Luiz Otávio Pôssas, dono da cachaça Vale Verde e de um parque ecológico instalado em Betim, na Grande BH, a Fazenda Barão de Capanema foi abrigo do naturalista, engenheiro e ativo pesquisador de bens minerais no século 18. Com assistência dos técnicos do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), a restauração da capela de Santo Antônio devolveu ao prédio as pedras portuguesas que se desgarraram da fachada e as molduras originais das janelas e porta.
O mezanino em madeira de ipê, dos fundos da igrejinha, que havia desabado, também foi recomposto como na versão original. A exemplo dele, a balaustrada lavrada a mão, conta Luiz Pôssas. “Nosso trabalho tem sido o de manter vivo esse lugar histórico”, conta. O madeirame e telhas foram recompostos, e as paredes, com 1 metro de espessura, passaram por revitalização.
Quem desejar conhecer a capela e as ruínas pode agendar a visita pelo telefone (31) 3079-9171. Há duas datas particularmente ricas para se apreciar o patrimônio deixado pelo Barão de Capanema. Em junho, no Dia de Santo Antônio, e durante as festividades da Folia de Reis, a igrejinha é aberta para receber os moradores das comunidades do entorno, como de Glaura, em Ouro Preto, Acuruí e Maracujá, de Itabirito. A tradição oral conta que Capanema era filho bastardo de Dom Pedro II, mas não há esse registro na história documentada.
Pesquisadores citam Guilherme Schüch, favorecido pelo título de Barão de Capanema, nascido em 1824 na Fazenda Timbopeba, no distrito de Antônio Pereira. Era filho do austríaco Rochus Schüch, que esteve no Brasil em 1817 na missão de cientistas que acompanharam a princesa Leopoldina, futura imperatriz. A fazenda fica a 6 quilômetros de estrada de chão, partindo-se do Centro de Itabirito, trecho que dá acesso a um cinturão de montanhas de extrema beleza.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Revitalização Praça Diogo Vasconcelos

As obras de revitalização da Praça Diogo de Vasconcelos, chamada carinhosamente de Praça da Savassi, na Região Centro-Sul da cidade, começam hoje. A empreiteira vencedora da licitação tinha 10 dias para começar o quebra-quebra, mas, durante o fim de semana, algumas faixas já foram instaladas, informando sobre o início das obras nos quarteirões fechados, como nas ruas Tomé de Souza e Antônio de Albuquerque, e interdições na Rua Pernambuco, onde só será permitido o trânsito local.

Outras intervenções estão sendo analisadas pela BHTrans e uma comissão formada por moradores e comerciantes vai acompanhar todo o processo das obras, inclusive apresentando propostas para minimizar os impactos na região. Quanto ao trânsito, a situação ficará mais complicada para os motoristas só a partir de maio, quando as obras atingirão trechos de fluxo mais intenso.



O investimento de R$ 10,4 milhões vai dar novo tratamento paisagístico à Praça da Savassi e aos quatro quarteirões das ruas Pernambuco e Antônio de Albuquerque. O local vai ganhar fontes, jardins, bancos em granito e nova iluminação. O cruzamento da Avenida Cristóvão Colombo com a Avenida Getúlio Vargas terá travessias elevadas para pedestres, semelhantes àquelas construídas em frente ao Mercado Central e em ruas do Centro da cidade. Uma escultura também deverá ser instalada no local.

A promessa era reformar também as calçadas dessas avenidas, mas o orçamento inicial de R$ 14 milhões encolheu e o projeto ficou de fora. Segundo o secretário municipal de Obras, Murilo Valadares, 200 vagas de estacionamento rotativo serão extintas nos quarteirões fechados, dando lugar a calçadões para uso exclusivo de pedestres, com soluções de acessibilidade, inspiradas nos boulevards das cidades europeias. Ainda no que diz respeito à infraestrutura da região, a iluminação terá postes sem fio e a rede de drenagem será substituída.

"CLicitamos uma obra maior, mas o dinheiro vai dar somente para a primeira etapa. Depois, faremos a troca dos passeios das avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas%u201D, disse o secretário, na semana passada, quando anunciou oficialmente o projeto, divulgado com exclusividade pelo Estado de Minas no dia 17 de março.

Grande parte da verba para a revitalização da praça vem de um repasse do Shopping Pátio Savassi, a um quarteirão dali. Para ampliar seu espaço, o empreendimento precisou desembolsar R$ 7,58 milhões e fazer algumas alterações no projeto de expansão, como nas entradas das garagens. Para concluir as obras, a diferença virá de recursos municipais.

Entrevista

Zenobia -Arquiteta e Urbanista - 55 anos 
Formada pela UFMG, trabalha com Patrimônio há mais de 20 anos.

Para você o que significa Patrimônio Cultural?
Patrimônio Cultural é o testemunho da trajetória de um povo.Conhecendo nossa história passamos a valorizar os nosso símbolos, sentindo parte integrante de uma comunidade e consequentemente estamos protegendo estes simbolos para gerações futuras.

Acha importante a preservação e manutenção de um imóvel tombado?
Sim

Que benefícios, em sua opinião, existem em preservar um imóvel tombado?
O imóvel tombando pode ter um novo uso e agregar valores para um empreendimento novo.

Há uma edificação na cidade que você gostaria de ver preservada, qual?
Algumas casas da R. Varginha que são tombadas mas estão em péssimo estado de conservação.

Existem incentivos ao proprietário de imóvel tombado, pode citar algum?
Em Belo Horizonte isenção do IPTU para edificios tombados e em bom estado.

domingo, 3 de abril de 2011

UFRJ diz que falha em licitações contribuiu para incêndio


Foto: Agência O Globo


Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (29), a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) informou que inadequação da legislação brasileira de licitações pode ter sido uma das responsáveis pelo incêndio que destruiu parte do centenário prédio do Palácio Universitário da Praia Vermelha, na zona sul da capital fluminense, na última segunda-feira (28).

Incêndio atinge campus da Praia Vermelha da UFRJ
UFRJ: Aulas em campus incendiado só retornam na sexta-feira
Segundo a UFRJ, a inadequação" ocorre porque a "legislação obriga a universidade a contratar pelo critério do menor preço e não prevê mecanismos específicos para obras que tenham por finalidade a preservação de nosso patrimônio material".

De acordo com a instituição, uma empresa realizava uma obra de restauração e reforma da Capela Capela São Pedro de Alcântara, que fica dentro do prédio, e a suspeita é que um maçarico pode ter provocado o fogo. Caso seja comprovado que houve negligência, a UFRJ informou que poderá exigir a reparação na Justiça. A PF (Polícia Federal) está investigando o fato.

Segundo a UFRJ, o fogo consumiu a capela e as atividades do prédio, que abriga ainda o Fórum de Ciência e Cultura, a Escola de Comunicação, a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, a Faculdade de Educação e o Instituto de Economia, só deverão ser retomadas na próxima segunda-feira (4).

Na nota, a instituição informa que, até segunda-feira, o Corpo de Bombeiros realizará trabalho de rescaldo e serão testadas as condições estruturais do prédio e a rede elétrica.

O reitor Aloísio Teixeira, informou hoje que as aulas de cinco cursos no campus da Praia Vermelha, na Urca, zona sul da cidade, só serão retomadas na próxima sexta-feira.

As aulas para cerca de 2.500 alunos de graduação dos cursos de Pedagogia, Economia, Administração, Ciências Contábeis e Comunicação Social foram suspensas após o incêndio.

Palácio não é só da UFRJ

A UFRJ informou ainda na nota que o Palácio da Praia Vermelha não é propriedade sua, mas de toda a sociedade brasileira e da cidade do Rio de Janeiro em particular. Segundo a universidade, ela é apenas a guardiã desse tesouro.

"E a solidariedade que temos recebido de vários os setores da sociedade dão testemunho de que essa consciência é compartilhada por todos. O Ministério da Educação, o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, parlamentares, dirigentes de empresas públicas já manifestaram sua intenção de apoiar a Universidade na recuperação das perdas sofridas", diz a nota.

A universidade pediu o envolvimento de toda a sociedade na reconstrução da capela e do seu entorno.