terça-feira, 31 de maio de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

Após três anos, Theatro Municipal será reaberto no dia 10


O secretário municipal da Cultura, Carlos Augusto Calil, anunciou ontem a reabertura do Theatro Municipal de São Paulo para 10 de junho.
O primeiro concerto aberto ao público é no dia 12, com a Orquestra Sinfônica Municipal, o Coral Lírico e o Quarteto de Cordas da Cidade.
Presente na ocasião, o prefeito Gilberto Kassab sancionou a lei que o transforma em fundação de direito público.
Com isso, o Theatro Municipal ganha mais autonomia com relação a uma legislação que, segundo o secretário, engessava suas atividades.
(...) a modernização técnica e acústica do palco saiu por R$ 19 milhões.
De acordo com Calil, o próximo passo será a entrega, no fim de 2012, da praça das Artes, um anexo orçado em R$ 120 milhões que abrigará todos os corpos artísticos do teatro e salas de ensaio.
Foi apresentado ainda um projeto de construção de uma garagem ao lado da praça, mas não há previsão para o início das obras.
Funcionários da prefeitura trocavam lâmpadas ao redor do Teatro Municipal de São Paulo, no centro da capital paulista, nesta terça-feira (31). A reabertura do teatro está marcada para sexta-feira (10) e sábado (11) para convidados. No domingo (12), o público em geral poderá conferir a restauração, com concerto da Orquestra Sinfônica Municipal, com o Coral Lírico e com o Quarteto de Cordas da cidade de São Paulo.

Foram restaurados a área do bar e restaurante, o salão nobre e a fachada do prédio. Artistas se basearam em fotos antigas para recriar a pintura interna e restaurar partes que estavam deterioradas. Também foram reformados todos os vitrais do teatro, originalmente fabricados na cidade de Stuttgart, na Alemanha.
Os trabalhos de reforma do Teatro Municipal tiveram verba de R$ 7,2 milhões, obtida por meio de um empréstimo da prefeitura com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Desde janeiro, o recurso também está sendo usado para a modernização da Biblioteca Mário de Andrade.
O teatro já havia passado por obras em 1956 e em 1988 e está fechado desde julho de 2008 para a reforma. O prefeito Gilberto Kassab anunciou um projeto de construção de um edifício-garagem para atender aos usuários do teatro e às pessoas que vão ao centro de São Paulo. Segundo o secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, a ideia já está sendo desenvolvida e o espaço, que terá 650 vagas, deve ser erguido entre as ruas 24 de maio e Conselheiro Cispriniano.





quarta-feira, 25 de maio de 2011

Iepha vai restaurar fontes da Praça da Liberdade



Alice Maciel - Estado de Minas
Publicação: 22/04/2010 06:37 Atualização: 22/04/2010 06:47





As fontes luminosas da Praça da Liberdade, que completam o conjunto arquitetônico e paisagístico de um dos cartões-postais de Belo Horizonte, vão ser revitalizadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG). O processo de restauro, que é aprovado pela população, começa em maio e deve durar 90 dias. “As atrações da praça são as fontes, elas refrescam o ambiente e completam o charme do local”, ressalta a consultora de projetos sociais Danusa Coutinho, que na quarta-feira aproveitou o feriado para passear pelo local. Para ela, os monumentos trazem de volta a memória do passado e devem sempre passar por manutenção.

“As peças precisam de cuidados, elas são muito importantes para o cenário da praça”, afirmou o publicitário Lucas Diniz diante da fonte Moça mirando espelho d'água. Para o contador Márcio dos Santos Silva, mesmo sujas, as fontes estão bonitas. “ Se puder melhorar, vai embelezar ainda mais o cartão-postal de Belo Horizonte”, completou.

Para chamar a atenção do público e na busca de envolver e interagir com a população, o Iepha não vai usar tapumes para cercar as fontes durante o processo de restauração. “Ao longo dos anos, a Praça da Liberdade tem sido desfrutada pelos cidadãos para os mais diversos fins, e muitas vezes as pessoas não detêm o olhar sobre estas peças ou mesmo sobre seu estado de conservação. Queremos chamar a atenção do público e criar a oportunidade para que aprendam mais sobre a conservação de bens culturais”, explicou o diretor de Conservação e Restauração do Iepha, Renato César de Souza.

Segundo ele, a ideia do instituto é transformar o processo de conservação em um “ateliê vitrine”. “O conceito foi implantado no Iepha há cerca de um ano e, desde então, tem sido marca constante nos trabalhos de restauração comandados pela entidade. Esta será, no entanto, a primeira vez que a proposta será apresentada a céu aberto, em plena via pública”, informou o representante do Iepha.

Função educativa

Para ele, a iniciativa faz com que o processo tenha função educativa junto aos belo-horizontinos, garantindo maior visibilidade ao trabalho e despertando a curiosidade e simpatia do público que por ali passa diariamente. “A população tem o direito de ver o que está sendo modificado nos monumentos urbanos. Acho a proposta do Iepha muito interessante”, afirmou a psicóloga e frequentadora da praça Zeni Moraes.

As duas fontes, a dos desejos, mais conhecida como Fonte das três graças, e a Moça mirando espelho d'água – esculpidas em mármore –, passarão por um trabalho especializado de limpeza e conservação. A segunda também será restaurada, uma vez que o braço da escultura se soltou há algum tempo. O custo da obra é de R$ 34,7 mil.

O conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça da Liberdade foi tombado pelo Iepha em 2 de junho de 1977. A medida legal, além de contemplar os edifícios do centro cívico – Palácio da Liberdade e secretarias de Estado –, estendeu-se aos jardins, lagos, alamedas, fontes e monumentos da praça, incluindo as fachadas de diversas edificações no seu entorno.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Após 43 anos, Belas Artes vai fechar as portas em São Paulo

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/855158-apos-43-anos-belas-artes-vai-fechar-as-portas-em-sao-paulo.shtml

ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO

O Belas Artes, um dos mais antigos cinemas de São Paulo, se prepara para as últimas sessões. No dia 30 de dezembro, uma notificação judicial avisou: o imóvel, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, tem de ser entregue até fevereiro.

Terminará, assim, uma história iniciada em 1967. Terminarão assim os "Noitões" que, nos últimos anos, chegaram a reunir, madrugada adentro, mil pessoas.
A ameaça de fechamento do cinema veio a público em março de 2010, quando o HSBC pôs fim ao patrocínio. André Sturm, o proprietário, começou então a bater à porta de algumas empresas, atrás de nova parceria.
Conversa daqui, conversa dali e, em novembro passado, foi acertado novo apoio. A minuta do contrato estava sendo finalizada quando veio a surpresa. "O proprietário disse que queria o imóvel de volta porque ia abrir uma loja lá", diz Sturm.
Sturm conta que havia se comprometido a pagar um novo valor de aluguel, de R$ 65 mil, assim que fechasse o patrocínio. "Tínhamos um acordo, mas ele não cumpriu", diz o dono do cinema.
Procurado, o proprietário do imóvel, Flávio Maluf (que não é filho de Paulo Maluf), não precisou sequer ouvir uma pergunta. A identificação da reportagem da Folha foi suficiente para que dissesse não ter nada a declarar.
"Ligue para o meu advogado", recomendou. Enquanto ditava nome e telefone, interrompeu a fala e perguntou: "Mas é a respeito do quê?". Informado, ensaiou uma explicação: "Perderam o prazo... Não tenho nada a declarar". O advogado não retornou as ligações.
Maluf passou a responder pelo imóvel há dois anos, quando seu pai morreu. "Venceu a visão mesquinha", diz Sturm.
Ontem, os 32 funcionários receberam o aviso prévio.


ÚLTIMA FASE
Sturm assumiu o cinema em 2002, quando os antigos proprietários decretaram o negócio inviável. O espaço, de fato, estava com as instalações decadentes e a programação descaracterizada.
Vieram a seguir a sociedade com a O2, produtora do cineasta Fernando Meirelles e, em 2003, o apoio do HSBC.
A ameaça do fim, em 2010, fez com que, no ano passado, a cidade se mobilizasse para salvar o Belas Artes. A campanha tanto deu resultado que o patrocínio chegou.
Dentre as marcas que esta última fase deixará estão o "Noitão" e a longa permanência de alguns filmes.
Pelo menos quatro títulos ficaram mais de um ano em cartaz: "O Filho da Noiva", "Bicicletas de Belleville", "2046 - os Segredos do Amor" e "Medos Privados em Lugares Públicos".

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Casarão histórico do centro de SP abriga museu e mostra gratuita

http://guia.folha.com.br/passeios/ult10050u675110.shtml


Um casarão histórico e semidestruído no bairro paulistano dos Campos Elíseos (região central de São Paulo), que servia de abrigo a cerca de 60 famílias carentes até 2001, deu lugar em 2005 ao Museu da Energia de São Paulo --cenário da exposição "Bom Retiro, uma Costura de Povos". A mostra aborda aspectos do bairro vizinho, marcado pela presença de imigrantes de diferentes regiões do mundo.

Recuperado, o Casarão Santos Dumont --cuja construção, que ocorreu entre 1890 e 1894, ficou a cargo do escritório do arquiteto Ramos de Azevedo-- mereceria uma visita somente por sua beleza e pelo esmerado projeto de restauro. Mas "Bom Retiro, uma Costura de Povos" também vale o passeio, por apresentar documentos, fotos e objetos interessantes, como itens domésticos, máquinas de costura, peças de vestuário, instrumentos musicais e até malas de viagens pertencentes aos imigrantes.
Você pode saber mais sobre o Casarão Santos Dumont e os eventos que abriga no site do Museu da Energia de São Paulo. No endereço eletrônico, também é possível baixar um livro com receitas típicas dos imigrantes do Bom Retiro.

domingo, 15 de maio de 2011

Prédio que já foi teatro abriga uma das maiores livrarias da America latina

http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u2321.shtml


AMARÍLIS LAGE
enviada especial da Folha a Buenos Aires



Abrem-se as cortinas. Surgem algumas mesas -nas quais clientes conversam em voz baixa-, um piano solitário e, no centro do palco, lá está você.
A garçonete atravessa o tablado e entrega, junto ao "cortado" (como os argentinos chamam o café com leite), dois pedacinhos de pão-de-ló e um copo de água gelada -cortesia da casa. É a sua deixa. O que fazer? Nada. Relaxe na cadeira, beba o café e aproveite o clima do El Ateneo Grand Splendid, que já foi teatro, cinema e hoje abriga uma das maiores livrarias da América Latina.

O Grand Splendid foi construído em 1919 pelo austríaco Max Glücksmann, que queria fazer ali uma catedral das artes cênicas. Eram quatro fileiras de camarotes, com capacidade para 550 poltronas, além das 500 na geral.
Como ainda pairava no ar o clima da Primeira Guerra (1914-1918), a cúpula do teatro foi ornamentada pelo italiano Nazareno Orlandi com temas pacifistas.
Nessa época, Glücksmann era proprietário da gravadora Nacional-Odeón, selo que lançou Carlos Gardel. O mito do tango, aliás, se apresentou várias vezes nesse palco. A partir de 1924, concursos de tango começaram a acontecer ali e, em 1926, o Grand Splendid passou a funcionar como cinema, sendo um dos primeiros a exibir filmes sonorizados.
Devido à concorrência com as grandes redes de cinema, porém, o teatro foi fechado e adquirido, em 2000, pela cadeia de livrarias Yenni. O acordo foi criticado por alguns, que defendiam a manutenção do cinema como tal, e elogiado por outros, que viam na livraria a possibilidade de preservação do edifício.
A adaptação do espaço se manteve fiel à estrutura do teatro. Só que fileiras de estantes substituem as de poltronas. No subsolo, há seção de literatura infantil e, nos pisos superiores, uma galeria de arte e uma seção de música clássica. A loja tem cerca de 100 mil títulos de livros e 10 mil de CDs.
No antigo palco, hoje um café, pode-se folhear livros e ouvir música. Nas tardes de quinta, Rubén Ramos assume o piano, e a livraria volta a ser uma casa de espetáculos. 



El Ateneo Grand Splendid - Av. Santa Fe, 1.860, tel.: 00/xx/54/11/4813-6052;www.tematika.com.ar.



quinta-feira, 12 de maio de 2011

Conjunto IAPI é o primeiro alvo do programa "Adote um bem cultural"

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/04/13/interna_gerais,221429/conjunto-iapi-e-o-primeiro-alvo-do-programa-adote-um-bem-cultural.shtml

As paredes estão descascando, a pintura desgastada e o acabamento deteriorado. Mesmo assim, ele continua sendo um símbolo da arquitetura moderna de Belo Horizonte e começa a ganhar, a partir de quarta-feira, uma cara nova. Depois de 34 anos de espera, o conjunto do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI), às margens da Avenida Antônio Carlos, no Bairro São Cristóvão, Região Noroeste da capital, vai ser revitalizado e pintado por meio de parceria entre a prefeitura, a AkzoNobel, responsável pelas Tintas Coral, Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção (Sindimaco) e seis empresas de construção.
A iniciativa é a primeira do programa Adote um bem cultural, da PBH, destinada a restaurar e conservar o patrimônio da cidade, por meio de parcerias com o setor privado. “Cada vez mais, somos cidadãos do mundo, mas o ambiente que nos circunda continua sendo o mais importante e é por isso que temos de cuidar dele com muito carinho. A revitalização do IAPI é um marco e certamente outras iniciativas semelhantes virão”, destacou ontem o prefeito Marcio Lacerda. 

Além dos nove edifícios que compõe o conjunto, o colégio, a Igreja de São Cristóvão, e a quadra esportiva que funcionam dentro do complexo vão ganhar novo acabamento. A cor escolhida para trazer mais vida ao IAPI foi o azul, inspirada na paleta do artista plástico Cândido Portinari. “O azul sempre esteve ligado ao povo mineiro e Portinari gostava bastante. Ele tem uma frase bem interessante sobre isso: ‘Até o céu caminhemos de mãos dadas pelo azul. Perto das estrelas mais luminosas". Percebemos uma ansiedade muito grande por parte da população que lá reside por essa iniciativa. É um projeto do modernismo brasileiro, obra do então prefeito JK, e por isso que, pela revitalização , a gente não só leva cor para a vida das pessoas, como resgata a cultura e a história de Belo Horizonte”, enfatiza Carlos Alberto Piazza, diretor de comunicação da AkzoNobel para América Latina.
A revitalização do conjunto faz parte do Tudo de cor para você, desenvolvido pela Coral, que tem renovado cartões-postais de várias cidades do país. Um dos mais recentes foram 42 casas do Centro Histórico de Ouro Preto.




Satisfação
Quem mais está comemorando a nova fase do IAPI são os moradores. Gente como o aposentado Walter Freimann, de 78 anos, que vive há duas décadas no local. Ele confessa que estava um pouco descrente das obras e que não vê a hora dos prédios ganharem cara nova. “Já tem umas três eleições que estão prometendo e nunca sai. Precisa mesmo, olha como está tudo meio acabado. Já era tempo”, observa.

O presidente da Associação Comunitária do Conjunto Residencial São Cristóvão IAPI, Carlos Alberto Pinheiro de Mendonça Júnior, de 36 anos, que mora no local desde que nasceu, revelou que a luta foi árdua, mas os resultados vão valer à pena. “Em maio, o conjunto completa 64 anos e não deixa de ser uma celebração do aniversário. É tempo de alegria e esperança e com certeza vai contribuir para melhorar a dignidade e o bem-estar de toda os moradores”, destaca.

A instrutora de auto-escola Valdete Ribeiro, de 40, também nasceu no conjunto e só se mudou de lá para se casar. Para ela, a revitalização é sinônimo de progresso e todos estão muito satisfeitos. “Minha mãe era violinista da Rádio Inconfidência e funcionária do estado. Morou aqui por quase 50 anos. É um clima muito bom. Tenho parentes e vários amigos aqui e faço questão de manter a auto-escola nas redondezas para preservar esse contato. A pintura vai ser o máximo. O IAPI faz parte da história de BH”, lembra. 

O fotógrafo aposentado Luiz de Sousa, de 69, que mora no local entre idas e vindas há 40 anos, conta que não troca o IAPI por nenhum lugar no mundo. “Gosto muito daqui porque é muito bem localizado, tem ônibus para todo canto. A gente cria um vínculo com os outros moradores, uma família mesmo. Já estava na hora da revitalização”, frisa.

Mesmo quem não mora, mas trabalha no IAPI, como a comerciante Cléo Ferreira, de 48, dona de uma locadora de vídeo e de uma mercearia, vê com bons olhos a nova fase. “Há muitos anos essas paredes não veem uma lata de tinta. Vai ser bom para todo mundo porque o ambiente é muito bom de morar e trabalhar e vai melhorar ainda mais”, anseia.




História

Um dos símbolos da industrialização da capital, o IAPI foi construído pela prefeitura em parceria com o instituto dos industriários. As obras foram iniciadas em 1944 e os prédios inaugurados em 1947, pelo então prefeito Juscelino Kubitscheck, logo depois da Conjunto Arquitetônico da Pampulha, mas os moradores só receberam as moradias três anos depois. O IAPI acabou sendo consequência da principal obra do governo JK na capital. Na época, a prefeitura iniciou a construção da Avenida Pampulha, hoje Antônio Carlos. Além da abertura da via, JK vislumbrou a construção do conjunto, incorporando a verticalização de prédios à cidade, para reduzir problemas habitacionais. Foi o primeiro empreendimento a usar blocos verticais na capital e também trazia como novidade as pontes flutuantes entre os edifícios, permitindo a circulação entre eles. O projeto é do arquiteto White Lírio Martins. Em 2007, o conjunto foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de BH.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Entrevista


Ismael - 41 anos Servidor Publico - Historiador 
Trabalha no Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte

Para você o que significa Patrimônio Cultural?
São os bens arquitetônicos, artísticos, etc. que contam a história de um tempo, de uma comunidade
Você conhece algum imóvel tombado em Belo Horizonte? Qual?
As obras do Oscar Niemayer na Lagoa da Pampulha.
Existem incentivos ao proprietário de imóvel tombado, pode citar algum?
Diminuição e isenção de IPTU
O que você acha das restaurações de edifícios antigos virarem Centro Cultural?
As edificações devem ser utilizadas. Pode ser dado qualquer uso, desde que o edifício mantenha-se limpo e preservado.
Há uma edificação na cidade que você gostaria de ver preservada, qual?
Conjunto de casas situadas principalmente em Santa Tereza e no bairro da Floresta. Neste caso a altura das edificações no entorno também.
Que benefícios, em sua opinião, existem em preservar um imóvel tombado?
Perpetuar no tempo as transformações da sociedade

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ADOTE UM BEM CULTURAL

A política de proteção do Patrimônio Cultural em Belo Horizonte teve início nos anos de 1980, com ações voltadas para a salvaguarda de bens culturais pertinentes à história, memória e identidades da cidade. Atualmente, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura – FMC – e sua Diretoria de Patrimônio Cultural e da atuação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município – CDPCM-BH – estabelece diretrizes de proteção e monitora os bens culturais materiais e imateriais reconhecidos como patrimônio cultural da cidade. Unidades culturais vinculadas à FMC, como o Museu Histórico Abílio Barreto, o Centro de Referência Audiovisual, o Arquivo Público da Cidade e o Museu de Arte da Pampulha cuidam da proteção e conservação do acervo documental, arquivístico, audiovisual e artístico, em vários suportes.

Para a adequada restauração e conservação deste acervo cultural da cidade e sua apreensão pela população foram criados, na legislação urbanística e cultural, mecanismos de incentivo à proteção como a Isenção de IPTU, a Transferência do Direito de Construir e a Lei Municipal de Incentivo à Cultural. Estes mecanismos têm o objetivo de estabelecer parcerias e viabilizar economicamente a restauração dos bens culturais compartilhando com os proprietários, empresas e a comunidade o cuidado com a cidade e seu patrimônio cultural.

O Programa Adote um Bem Cultural, pioneiro em Minas Gerais, é mai um mecanismo criado pela Prefeitura de Belo Horizonte para incentivar a parceria entre o poder público e a iniciativa privada na restauração, conservação e promoção dos bens culturais sob proteção municipal. Trata-se de um programa de adoção onde a Fundação Municipal de Cultura incentiva e media ações entre os proprietários dos bens culturais (sejam do poder público ou particular) e a iniciativa privada (pessoa física ou jurídica). A adoção poderá ser voluntária ou através de medida compensatória acordada entre o empreendedor e o CDPCM-BH. Tanto os proprietários dos bens culturais quanto empreendedores podem aderir ao Programa através de preenchimento de formulário e apresentação de documentação na Diretoria de patrimônio Cultural. Para a efetivação da adoção é então elaborado um plano de trabalho e assinado um termo de compromisso entre as partes.

O adotante poderá fazer publicidade da empresa vinculada ao Programa junto ao bem cultural durante a restauração ou ação periódica de adoção e poderá instalar placa de sinalização interpretativa em local definido pela FMC, com as informações sobre o bem cultural e a logomarca do Programa e da empresa adotante. Poderá ainda fazer publicidade específica da empresa alusiva ao Programa Adote um Bem Cultural.

A Prefeitura de Belo Horizonte e a Fundação Municipal de Cultura esperam que este Programa se torne mais uma perspectiva de parceria com a comunidade na conservação, salvaguarda e promoção de seu patrimônio cultural.


Cine Brasil- Restauração do famoso cinema de Belo Horizonte MG

domingo, 1 de maio de 2011

São Paulo perde seu último bonde


CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Bancos originais de 1917, feitos, como as colunas, do resistente pinho de Riga. Teto e assoalho da rara cabreúva. Detalhes em bronze, cobre e latão e pintura original de tom verde-musgo.
Eis o bonde prefixo 38, de 94 anos, o último a circular na cidade de São Paulo.
No final de fevereiro, ele voltou a Santos para ser restaurado e passar a funcionar em sua cidade natal. Lá, ele circulou entre 1917, vindo da Escócia, e 1971.
Na capital, fazia o pequeno trecho entre o Memorial do Imigrante, na zona leste, e a estação de metrô Bresser-Mooca, a 500 metros dali.
Nada a ver com os longos trajetos que os bondes da cidade faziam entre 1900 e 1968, movidos a eletricidade --o 38 tinha sido transplantado com um motor do carro Tempra na primeira restauração por que passou.


Nos últimos dois anos, depois que um problema mecânico o imobilizou e sua proprietária, a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, não conseguiu verba para a manutenção, o tempo passou a ser implacável.
Depois de proporcionar passeios entre 1998 e 2008, viu-se como abrigo de usuários de crack, virou vítima de enchentes constantes, teve baterias e outras peças de pouco valor furtadas, viu cerca de um terço de sua madeira original se depredar.
"Quer preservar um bem histórico? Põe pra funcionar", justifica o diretor-administrativo da ABPF-SP, Carlos Alberto Rollo.
Em Santos, o bonde ganhou um banho de loja, para ser oficialmente apresentado ao povo em um desfile no próximo sábado, que vai comemorar um milhão de passageiros desde que a cidade decidiu criar um museu vivo de bondes, em 2000.
Ele terá de andar rebocado em outro dos cinco bondes que funcionam na cidade, até receber um motor e voltar a funcionar, com 42 lugares. Está cedido em comodato por dez anos, renováveis.
Em seu lugar, em São Paulo, a Secretaria de Estado da Cultura cogita colocar um bonde como "elemento cenográfico" quando o Memorial voltar a funcionar.