terça-feira, 19 de abril de 2011

Restauração do conjunto arquitetônico da Praça da Estação possibilitou a implantação do museu

 http://www.furnas.com.br/arqtrab/ddppg/revistaonline/linhadireta/rf318-museu.pdf


Em seu segundo ano de funcionamento, a galeria de arte do Espaço FURNAS Cultural, no Escritório Central, se transformou num local cobiçado por artistas de vários estados do país para exposições de gravuras, pinturas, esculturas e fotografias, como se pode verificar pelas inscrições para a programação de 2005. Enquanto em 2004 foram 32 trabalhos inscritos vindos de São Paulo, Sergipe e Rio de Janeiro, este
ano o número de interessados aumentou para 117 com propostas do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná e Pará.
As propostas serão analisadas pelo Conselho de Curadores que escolherá oito trabalhos para o calendário de exposições deste ano, sugerindo as mostras temáticas. Em 2004, foram selecionadas cinco
propostas e sugeridas três exposições temáticas. Inaugurado em novembro de 2003, com uma exposição em homenagem a Cândido Portinari, o Espaço FURNAS Cultural foi ampliado em 2004 com a reforma do segundo andar, onde os visitantes dispõem do conforto de poltronas para sentar e observar os quadros, gravuras e esculturas expostos. Com a ampliação, passaram a acontecer exposições  simultâneas no Espaço.
A programação de 2004 foi aberta em maio com a exposição de fotografias Olhares do Morro - um manifesto visual. Em julho foi a vez de MetalMix, de Marcius Tristão, com esculturas em metal, cerâmica e madeira. A exposição de agosto foi a do pintor Luiz Ferraz - Vazio e pleno, viagem pela memória. Em setembro a primeira da série de exposições simultâneas, com as esculturas de Alexandre Monteiro - Livros - no primeiro andar, e as pinturas de João Barcelos em Impressionismo Quântico (Temas do Rio), no
segundo andar. De meados de outubro a meados de novembro, Sandra Schechtman ocupou o primeiro andar com suas fotografias em 35 graus...25 graus, e Anderson Eleotério apresentou seu Projeto Luz e Trevas, no segundo andar. As últimas exposições foram Tramas, gravuras em preto e branco de Patrícia Mado, no primeiro andar, e as pinturas de Noélia Amado– Sobre Tramas e Teias –, no segundo andar. 


O Museu de Artes e Ofícios (MAO), em Belo Horizonte (MG), cuja inauguração está prevista para este semestre, recuperou, para os belo-horizontinos, a Praça da Estação, antigo coração da capital mineira. O MAO é composto por dois prédios e uma galeria subterrânea, que  f o r m a m   o   C o n j u n t o
 P a i s a g í s t i c o   e Arquitetônico da Praça da Estação, tombado pelo Patrimônio Histórico municipal e estadual. Os prédios e a galeria passaram por obras de restauração com patrocínio de FURNAS para que o museu pudesse ser implantado.
Criado pelo Instituto Cultural Flávio Gutierrez para contar a história do trabalho no Brasil ,  o MAO abriga uma coleção de  cerca de 1.800 peças  em madeira, ferro, couro e cerâmica. São i n s t r u m e n t o s ,
e q u i p a m e n t o s  e vestimentas utilizados por trabalhadores e artesãos brasileiros dos séculos 18 ao 20, reunidos ao longo de 50 anos por Flávio Gutierrez numa coleção que foi doada para formar o acervo do museu. O prédio, de estilo eclético, de frente para a praça Rui Barbosa, era a Estação  Central de Belo Horizonte, porta de entrada de todo o material utilizado na construção da cidade que chegava de trem.  No outro prédio,  com entrada pela rua Sapucaí, ficava a sede da Rede Mineira de Viação. Atualmente, existem
duas estações no local, uma de trem e outra de metrô. Os prédios são interligados por dois túneis, formando as galeria s ,   e   o   p r o j e t o   d o  MAO,   q u e   é   d o museógrafo francês Pierre Catel, propõe a integração museu/estação. Catel planejou também um jardim-museu, um café-restaurante, uma área de eventos, laboratório de restauração, reserva técnica, loja, auditório, oficinas profissionais e salas de treinamento.  Dos dois túneis que interligam os prédios, um deles foi cedido ao MAO, enquanto o outro continua sendo usado pelos passageiros da linha de metrô. Duas das plataformas do trem, situadas na área aberta entre os dois prédios, também foram cedidas ao museu para exposição de grandes peças, o que permitirá aos passageiros do trem e do metrô verem uma parte do museu enquanto se dirigem à estação.

Um comentário:

  1. Uma coisa leva a outra, a revitalização de uma praça gera oportunidades de novas formas culturais para cidade, e claro ver o espaço com outros olhares e possibilitando novos usos.

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